A meditação preserva a juventude?

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a-meditacao-preserva-a-juventude-supera-onlineFugir do estresse do dia a dia, evoluir com a prática religiosa e despertar seus sentidos: tais são os motivos da prática da meditação, muito presente nas culturas orientais. A meditação também é um tema muito interessante para os cientistas, que a consideram uma maneira eficiente de exercitar o cérebro e, há pouco tempo, como forma de se proteger dos efeitos do envelhecimento. Ficar jovem meditando? Porque não?

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Los Angeles (UCLA), na Califórnia, decidiu estudar os efeitos da meditação sobre o cérebro. Voluntários de 24 a 77 anos foram separados em dois grupos. O primeiro era formado por pessoas que praticavam a meditação há pelo menos quatro anos, e o segundo reunia voluntários que nunca haviam meditado de forma seguida. Depois, os pesquisadores visualizaram o cérebro de cada um e mensuraram as diferenças entre os dois grupos graças a um aparelho de ressonância magnética (IRM).

Como bem sabem os cientistas, o volume do cérebro diminui naturalmente a partir dos 25 anos. As consequências deste declínio, principalmente uma redução das capacidades cognitivas ou motoras, são observadas progressivamente, e de forma mais intensa após os 50 anos. No entanto, este declínio, apesar de inevitável, progride de forma muito diferente segundo as pessoas, e, sobretudo, segundo os costumes de cada uma delas.

Nesta experiência, os pesquisadores observaram uma redução do volume cerebral nos dois grupos. Porém, esta redução foi menos importante no grupo dos meditadores. Outros estudos mostraram que o cérebro dos praticantes mais assíduos da meditação apresentam mais circunvoluções do que o cérebro dos meditadores menos experientes. Isso porque o número de circunvoluções, que são as concavidades e saliências que o cérebro possui, é diretamente vinculado ao volume, reflexo de atividades estimulantes mais intensas.

Esse tipo de estudo comprova de forma evidente a correlação entre a meditação e a contenção do declínio cerebral ligado ao envelhecimento. Entretanto, ele não estabelece uma relação causal, ou seja, não garante que a meditação preserva nosso cérebro. Em outras palavras, se você medita há muito tempo, seu declínio cerebral é mais lento. Porém, isso talvez não seja consequência somente da prática da meditação. Em todo caso, vamos praticar!!!

Fonte: Scientific Brain Training (Lyon, França)

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