Venha conhecer o SUPERA na Educar

Venha-conhecer-o-SUPERA-na-EducarO SUPERA Online leva seus jogos esta semana para a maior feira de educação da América Latina. A Bett Brasil Educar, que acontece entre 20 e 23 de maio, no São Paulo Expo Exibition & Convention Center, da capital, traz ao público tecnologias e inovações que prometem revolucionar o ensino nos próximos anos.

Quem quiser conhecer nossa metodologia de perto e experimentar nossos jogos em tablets e tabuleiros, está convidado a visitar nosso stand interativo. O cérebro estará no centro das atenções nestes quatro dias de feira. A entrada é gratuita.

O SUPERA Online integra o SUPERA Neuroeducação, um projeto da marca para ser implantado em escolas, na educação infantil e no ensino fundamental. O SUPERA é um método fundamentado em neurociência dedicado ao desenvolvimento de habilidades cognitivas (atenção, memória, raciocínio e linguagem) e socioemocionais (autoconfiança e sociabilização).

O SUPERA quer proporcionar uma experiência única aos visitantes da Bett Brasil Educar. No sábado, a neurocientista e consultora do SUPERA, Dra. Carla Tieppo, ao lado de outros dois especialistas, dará palestra sobre “Neurociência e a Complexidade Cerebral na Sala de Aula: Despertando Potencialidades e Inteligências”, que abordará os principais assuntos relacionados à educação e neurociência.

Mais informações sobre a feira, acesse aqui.

Ser mãe é uma questão de hormônios?

ser-mae-e-uma-questao-de-hormoniosTraduzido por: Yann Walter

O Dia das Mães que se aproxima é uma excelente oportunidade para refletir sobre os aspectos científicos inerentes ao comportamento materno. Você acredita que tal comportamento, definido por um conjunto de atitudes e ações, pode ser estimulado pela injeção de um único hormônio no cérebro?

Neurocientistas do centro médico Langone, da Universidade de Nova York, estudaram o papel da ocitocina no comportamento materno, que envolve conceitos como proteção e carinho. A ocitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo em situações como parto, aleitamento e diversas outras sensações como empatia ou orgasmo.

Felizmente (ou talvez infelizmente para alguns!), a lei proíbe que se injete qualquer substância em cérebros humanos.  Assim, os pesquisadores utilizaram ratos como cobaias, entre eles algumas fêmeas que já tinham dado à luz.

Os pesquisadores injetaram ocitocina no cérebro das ratas sem filhotes para observar o comportamento delas com a prole de outras fêmeas. Depois, tiraram filhotes de suas “casas” e colocaram-nos em outro lugar.

Ouvindo os gritos dos ratinhos deslocados, as ratas foram rapidamente até eles para levá-los de volta ao seu lugar, exatamente como teria feito sua verdadeira mãe. Esse comportamento perdurou, inclusive, até depois de os biólogos terem bloqueado os receptores de ocitocina no cérebro das fêmeas.

“Foi impressionante constatar como a injeção de ocitocina modificou o comportamento dos animais. De repente, as ratas que nunca haviam desenvolvido essa função social, puderam executá-la perfeitamente”, disse a doutora Bianca Marlin.

Nas ratas mães, os pesquisadores rastrearam o hormônio nas células nervosas com a ajuda de um anticorpo atado à molécula e visível com um microscópio, e observaram que a ocitocina controla o volume da informação social, que permite à mãe responder aos gritos de seus filhotes.

Os cientistas esperam que estes resultados permitam liberar a utilização da ocitocina nos tratamentos de ansiedade ou de estresses pós-traumáticos. Eles gostariam, inclusive, de ir além, examinando as condições naturais necessárias à secreção de ocitocina durante o parto.

Fonte: Marlin B.J., Mitre M., D’amour J.A., Chao M.V., Froemke R.C. Oxytocin enables maternal behaviour by balancing cortical inhibition. Nature. 2015 Apr 23;520(7548):499-504. doi: 10.1038/nature14402. Epub 2015 Apr 15.

O que você vê influencia na sua decisão

o-que-vc-ve-influencia-na-sua-decisaoVocê treina seu cérebro para ser ágil e criativo em situações nas quais precisa tomar decisões?

Um trem vai atingir cinco pessoas que trabalham distraídas em uma ferrovia. Mas você tem a chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando cinco pessoas e matando uma?

Este é um famoso dilema moral para lustrar situações em que temos de tomar decisões que levam obrigatoriamente ao sacrifício de uma ou várias pessoas.

Você sabia que as respostas do cérebro podem variar, no momento de tomar decisões, de acordo com o que você está vendo?

Dilemas morais são amplamente utilizados em psicologia para estudar os critérios avaliados na hora em que o cérebro precisa tomar decisões. As respostas a estes dilemas dependem de vários fatores como os valores culturais ou pessoais, sua capacidade de pensar em boas soluções e também do tempo que tem para refletir.

Costuma-se dizer que o processo decisório envolve mecanismos racionais. Porém, estudos mostraram que a tomada de decisões também pode ser influenciada por estímulos sensoriais.

Cientistas conduziram uma pesquisa na qual pediram a participantes que respondessem a perguntas morais complicadas como “pode-se justificar um assassinato?”. Segundos antes de a pessoa responder, uma das duas respostas possíveis era exibida em uma tela. Os pesquisadores constataram que os participantes escolheram sistematicamente a resposta exibida.

“O processo que leva a uma decisão moral se reflete em nosso olhar. Quando tomamos uma decisão, o que os nossos olhos veem também afeta nossas escolhas”, disse Philip Parnamets, pesquisador em ciências do desenvolvimento cognitivo da Universidade de Lund e coautor do estudo.

Considerando esta conclusão, podemos olhar para nosso passado recente e perguntar que elementos afetaram as últimas decisões importantes que tomamos. O resultado desta pesquisa também nos mostra como pode ser fácil influenciar as escolhas alheias com estímulos visuais.

Então, antes de tomar decisões, consulte seu cérebro e perceba o que está vendo, perguntando-se de que forma estas imagens estão te influenciando. Você pode treinar seu cérebro para ter agilidade na tomada de decisões e também para ser criativo no momento em que precisa sair de situações embaraçosas e difíceis.

 

Artigo adaptado da Scientific Brain Training, centro de pesquisas em neurociência de Lyon, na França

Fonte: Pärnamets P., Johansson P., Hall L., Balkenius C., Spivey M.J., Richardson D.C. Biasing moral decisions by exploiting the dynamics of eye gaze. Proceedings of the National Academy of Sciences, 2015; 201415250 doi: 10.1073/pnas.1415250112

Cochilar faz bem ao cérebro

cochilar-faz-bem-ao-cerebroOs poderes da sesta são subestimados. Todo mundo sabe que dormir depois do almoço faz bem para a saúde, mas, na prática, ninguém tem tempo para isso. Você arrumaria tempo se estivesse ciente de todos os benefícios de um cochilo no meio do dia?

Muitos sites especializados em saúde e bem-estar recomendam uma sesta durante o dia afirmando que faz bem ao cérebro e, principalmente, à memória. Às vezes, bastam 20 ou 30 minutos. Pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha, constataram que dormir entre 45 minutos e uma hora multiplica por cinco nossa capacidade de memorização.

Na primeira fase da experiência, 40 voluntários decoraram uma lista de palavras, únicas ou em pares. Em seguida, as séries de palavras foram lembradas aos participantes duas vezes: uma logo depois da primeira fase, e outra após um cochilo de no máximo 90 minutos para um grupo e a exibição de um DVD para outro. A lista tinha 90 palavras únicas e 120 palavras em pares, sendo que uma palavra não tinha qualquer relação com a outra (exemplo: leite-táxi).

O resultado da experiência foi que o primeiro grupo, o que cochilou, conseguiu memorizar cinco vezes mais pares de palavras do que o grupo que assistiu o DVD. A sesta, porém, não permitiu observar melhorias na memorização das palavras únicas. Para os pesquisadores, isso sugere que o cochilo otimiza a memorização chamada de associativa, a que permite fazer a ligação entre dois elementos distintos.

Treino cerebral

Além do sono, da alimentação e da regularidade dos exercícios físicos, treinar o cérebro é uma boa forma de manter a memória.

O SUPERA Online oferece mais de 30 tipos de jogos para seu treino cerebral. Além da memória, você pode melhorar sua capacidade de raciocínio, visão espacial, linguagem e outras habilidades cognitivas. Você já experimentou? Fica aqui nosso convite!

Fonte da matéria: Scientific Brain Training, Lyon, França.

Cientistas estudam a empatia

cientistas-estudam-a-empatiaUm jogo de videogame é capaz de aproximar pessoas ou a presença de uma pessoa próxima que pode intensificar uma sensação de dor. Os dois fatos, quando observados em pesquisas de psicologia social, demonstraram que a empatia não se manifesta na presença de um desconhecido.

Os pesquisadores fizeram uma experiência com ratos e constataram que os roedores respondiam mais a estímulos de dor moderados na presença de animais ‘conhecidos’ do que ao lado de ratos com quem nunca haviam convivido antes.

Os pesquisadores procuraram saber se o mesmo fenômeno podia ser observado em humanos. Estudantes foram orientados a colocar o braço dentro de uma bacia de água gelada, o que corresponde ao estímulo de dor moderado. A ação foi efetuada duas vezes, uma diante de um desconhecido e outra na presença de um amigo. Assim como os ratos, os estudantes sentiram uma dor mais intensa quando estavam ao lado de uma pessoa próxima.

Em seguida, os pesquisadores reuniram dois estudantes que não se conheciam para jogar uma partida de Rock Band durante 15 minutos. Rock Band é um videogame que consiste em criar uma banda de rock virtual com vários jogadores tocando diferentes instrumentos musicais. No fim da partida, foi aplicada novamente a experiência da bacia de água gelada aos dois estudantes. E constatou-se a existência de empatia, pois a dor sentida por ambos foi equivalente à experimentada com um amigo.

“À primeira vista, sentir uma dor mais intensa na presença de um amigo não é uma boa notícia. Mas trata-se, na verdade, de um sinal de empatia entre os indivíduos. Eles sentem a dor do outro”, disse Mogil, um dos autores do estudo. “Foi comprovado que uma experiência compartilhada tão superficial como uma partida de videogame consegue transformar um ‘desconhecido’ em ‘amigo’, criando um nível de empatia significativo”, acrescentou.

Segundo os autores da pesquisa, estes resultados representam mais um avanço no entendimento dos mecanismos sociais que regem as relações entre os indivíduos. Trazem também novos dados para compreender os distúrbios psicológicos ligados à falta de empatia, como alguns casos de autismo ou psicopatia.

Fonte : Martin L.J., Hathaway G., Isbester K., Mirali S., Acland E.L., Niederstrasser N., Slepian P.M., Trost Z., Bartz J.A., Sapolsky R.M., Sternberg W.F., Levitin D.J., Mogil J.S. Reducing Social Stress Elicits Emotional Contagion of Pain in Mouse and Human Strangers. Curr Biol., 2015 Feb 2;25(3):326-32. doi: 10.1016/j.cub.2014.11.028

A meditação preserva a juventude?

a-meditacao-preserva-a-juventude-supera-onlineFugir do estresse do dia a dia, evoluir com a prática religiosa e despertar seus sentidos: tais são os motivos da prática da meditação, muito presente nas culturas orientais. A meditação também é um tema muito interessante para os cientistas, que a consideram uma maneira eficiente de exercitar o cérebro e, há pouco tempo, como forma de se proteger dos efeitos do envelhecimento. Ficar jovem meditando? Porque não?

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Los Angeles (UCLA), na Califórnia, decidiu estudar os efeitos da meditação sobre o cérebro. Voluntários de 24 a 77 anos foram separados em dois grupos. O primeiro era formado por pessoas que praticavam a meditação há pelo menos quatro anos, e o segundo reunia voluntários que nunca haviam meditado de forma seguida. Depois, os pesquisadores visualizaram o cérebro de cada um e mensuraram as diferenças entre os dois grupos graças a um aparelho de ressonância magnética (IRM).

Como bem sabem os cientistas, o volume do cérebro diminui naturalmente a partir dos 25 anos. As consequências deste declínio, principalmente uma redução das capacidades cognitivas ou motoras, são observadas progressivamente, e de forma mais intensa após os 50 anos. No entanto, este declínio, apesar de inevitável, progride de forma muito diferente segundo as pessoas, e, sobretudo, segundo os costumes de cada uma delas.

Nesta experiência, os pesquisadores observaram uma redução do volume cerebral nos dois grupos. Porém, esta redução foi menos importante no grupo dos meditadores. Outros estudos mostraram que o cérebro dos praticantes mais assíduos da meditação apresentam mais circunvoluções do que o cérebro dos meditadores menos experientes. Isso porque o número de circunvoluções, que são as concavidades e saliências que o cérebro possui, é diretamente vinculado ao volume, reflexo de atividades estimulantes mais intensas.

Esse tipo de estudo comprova de forma evidente a correlação entre a meditação e a contenção do declínio cerebral ligado ao envelhecimento. Entretanto, ele não estabelece uma relação causal, ou seja, não garante que a meditação preserva nosso cérebro. Em outras palavras, se você medita há muito tempo, seu declínio cerebral é mais lento. Porém, isso talvez não seja consequência somente da prática da meditação. Em todo caso, vamos praticar!!!

Fonte: Scientific Brain Training (Lyon, França)

Cientistas descobrem como desligar a fome no cérebro

Cientistas-descobrem-como-desligar-a-fome-no-cerebro-supera-onlineNo universo da ciência, os testes e as experiências são imprescindíveis para comprovar uma teoria. Porém, nem sempre os resultados saem dentro do esperado. Ao mesmo tempo, pode acontecer de eles surpreenderem os estudiosos, trazendo à tona novas descobertas.

Foi o que aconteceu recentemente durante pesquisa sobre neurônios da amígdala – estrutura do sistema nervoso responsável pela aquisição de informações de perigo e produção de respostas a agentes estressores – com objetivo de identificar qual seria a reposta de um sinal elétrico nesta região cerebral de um roedor.

O resultado deste experimento superou as expectativas: a cobaia perdeu no mesmo instante o interesse pela comida. De acordo com os cientistas, a descoberta acidental de como desativar o apetite no cérebro pode auxiliar no tratamento de distúrbios alimentares. A técnica utilizada é uma das mais sofisticadas e modernas de que se tem conhecimento no mundo científico, chamada de optogenética. Trata-se de uma manipulação genética de células específicas para torná-las sensíveis a determinado comprimento de onda. Os cientistas colocaram cabos de fibra ótica no cérebro do roedor e ativavam correntes elétricas, “ligando” e “desligando” neurônios.

Ainda é muito cedo para dizer se esta técnica teria o mesmo resultado em pessoas, pois há algumas controvérsias quanto às reações dos animais, que por motivos digestivos, optaram em recusar a refeição.

A ideia de inibir o apetite por estímulos no cérebro é um grande avanço da neurociência e parece bem tentadora para quem está há tempos querendo eliminar quilinhos indesejáveis. Ao mesmo tempo, isso poderia trazer sérios riscos à saúde.

Os nutrientes necessários para manter qualidade de vida estão nos alimentos: nas frutas, legumes, carnes, cereais e verduras. E eles não são apenas importantes para a saúde do corpo, são essenciais para a saúde mental.

Para manter a mente e o corpo saudáveis, praticar atividades físicas regularmente, beber muita água, ter alimentação equilibrada e fazer exercícios para o cérebro fazem o corpo funcionar em alta performance. Embora ainda não sejam populares, os exercícios para o cérebro trazem benefícios simulares aos exercícios para o corpo e previnem doenças degenerativas.

10 dicas para energizar o seu cérebro

Young woman opening window in living roomMá notícia: É segunda-feira cedo. Você acordou sem vontade de ir trabalhar e ainda nem tem café na garrafa. A agenda está cheia, com várias tarefas, reuniões e telefonemas

Boa notícia: O café não é a única solução para os problemas da vida

As manhãs dos dias da semana não são muito atraentes para o cérebro. No entanto, há algumas coisas que você pode fazer para amenizar a tortura e o sacrifício. Acorde, refresque e energize sua mente:

Tome um copo de água — beba água fresca ao se levantar para despertar seu metabolismo e refrescar seu cérebro

Não “enrole” — Você já vai pra cama pensando no tédio de ter que acordar no dia seguinte? Você coloca o despertador para tocar mais cedo e fica enrolando na cama, tirando várias sonecas antes de se levantar definitivamente? Não faça isso. Calcule o tempo que precisa para descansar, programe-se para deitar mais cedo e, quando o despertador tocar, levante-se da cama logo na primeira campainha.

Abra as janelas – A luz do sol tem um efeito direto na atividade do seu cérebro. Quando privamos nosso cérebro de luz, ficamos em estado de sono, meio sem consciência. A luz ajuda a elevar a frequência das ondas cerebrais e ativa os neurotransmissores da felicidade, como serotonina e dopamina.

Exercite-se pela manhã — A ideia de exercitar-se pela manhã pode parecer horrível para você. Se nunca fez isso antes, saiba que, além dos benefícios óbvios para a saúde, isso vai deixá-lo com mais energia o dia todo. Você pode tentar dormir com sua roupa de ginástica para aumentar suas chances de realmente ir para a academia cedo. A ginástica para o corpo potencializa os exercícios para o cérebro que você faz ao realizar tarefas complexas do seu dia.

Ouça músicas — Ouça algumas músicas alegres enquanto você se prepara pela manhã. Estudos científicos mostraram que música é um dos estímulos que iluminam todo o cérebro. A música faz o cérebro produzir dopamina, neurotransmissor que ajuda a regular os centros de prazer e recompensa do cérebro, bem como as respostas emocionais e de motivação.

Tome um banho frio — Não há explicação É como alguns remédios. É ruim, mas funciona.

Não trate café como uma “droga” — O dia em que você estiver se sentindo mais disposto, tente não tomar café ou ao menos diminua a quantidade que toma por dia. Se você realmente precisa de algo para acordar, tente substituir por um suco verde saudável. Isso fará bem para o seu cérebro.

Tome café da manhã — Leve a sério a frase “o café da manhã é a refeição mais importante do dia”. O café da manhã dá para seu cérebro nutrientes necessários para otimizar seus processos mentais. Pense nisso como combustível para o seu corpo. Sem ele, você vai ficar parado Tente incluir alguns alimentos que fazem bem para o cérebro, como frutas vermelhas.

Converse com alguém — Envolva-se em um bate-papo descontraído com um membro da família, amigo ou colega de trabalho na parte da manhã. Mesmo que você não goste muito disso, tomar a iniciativa de se envolver em uma conversa realmente ajuda a manter sua mente e corpo em atividade..

Faça SUPERA — Prepare seu cérebro para a carga de trabalho de um novo dia. Faça ginástica cerebral, com neuróbicas, ou seja, atividades que tiram você da rotina. Ande de costas, resolva uma cruzada, pratique o ábaco, faça exercícios das apostilas Abrindo Horizontes ou acesse os jogos do Supera Online. Ginástica cerebral estimula e aumenta sua capacidade de resposta mental. Ela prepara sua mente para focar melhor nas tarefas ao longo do dia.

Para aprender mais, mexa o esqueleto!

Italy Tv BenigniDizem que os italianos não conseguem falar sem gesticular. Se isto for mesmo verdade, eles podem também ter mais facilidade de memorização do que outros povos. Movimentar-se, assim como ver e sentir, pode nos ajudar a aprender com mais facilidade. Será que estamos prestes a descobrir uma nova forma de aprendizagem?

Na escola, nada mais desafiador do que decorar uma longa lista de palavras lendo-a inúmeras vezes em voz alta… Mas o problema não é apenas a natureza pouco empolgante deste método, é que o mesmo não rende os resultados esperados.

Assim, começamos a usar imagens para ilustrar as palavras, uma vez que reforçar a participação do sistema visual torna a aprendizagem mais eficiente. Claro, isso funciona, mas não é suficiente. Até mesmo as crianças mais motivadas continuam tendo dificuldades para aprender e enriquecer seu vocabulário.

Enquanto isso, os cientistas avançam e exploram os efeitos da aprendizagem multissensorial. A ideia é associar a uma palavra diferentes estímulos sensoriais, ou seja, aprender usando os sentidos. Uma equipe do instituto alemão Max Planck for Human Cognitive and Brain Sciences (cognição humana e ciências do cérebro) em Leipzig colocou esta teoria em prática.

Jovens foram orientados a aprender uma lista de palavras em vimmish, um idioma criado especialmente para a pesquisa. Assim, os pesquisadores têm a certeza de que cada palavra é nova para os participantes.

Eles foram divididos em três grupos, com cada grupo participando de três diferentes situações. Na primeira, os voluntários escutam e leem uma palavra em vimmish e sua tradução. Na segunda, os participantes escutam e leem a palavra, e os pesquisadores mostram a eles uma ilustração ou um gesto que simboliza essa palavra. E na terceira, os voluntários escutam e leem a palavra antes de explicá-la com um gesto simbólico.

Em seguida, os pesquisadores testam a qualidade da memorização dos participantes, pedindo a eles que reproduzam as palavras aprendidas em vários momentos após a etapa de aprendizagem.

Segundo Katja Mayer, coautora do estudo, é possível destacar dois resultados interessantes. “A lembrança das palavras foi maior quando os próprios participantes expressaram-nas por gestos. O resultado também foi melhor quando escutaram uma palavra e sua tradução e puderam observar uma imagem correspondente. Ao contrário, observar um gesto efetuado por outra pessoa não ajudou”.

E como o cérebro reage? Graças à IRM (Imagens por Ressonância Magnética), é possível perceber que durante a lembrança das palavras aprendidas anteriormente, as áreas cerebrais responsáveis pelos movimentos motores são ativadas (apesar de os participantes não se mexerem) se as palavras foram aprendidas com gestos. Da mesma forma, é o sistema visual que entra em jogo para as palavras aprendidas com uma imagem.

Assim, a participação de diferentes sistemas sensoriais parece facilitar a aprendizagem de palavras estrangeiras reforçando sua “marca” no cérebro. Você está aprendendo um idioma estrangeiro ou está envolvido em algum tipo de aprendizagem? Então faça participar seu corpo, seus sentidos, seus músculos e suas emoções! A memorização será muito mais eficiente.

 

Fonte: Mayer K.M., Yildiz I.B., Macedonia M., von Kriegstein K. Visual and motor cortices differentially support the translation of foreign language words. Curr Biol. 2015 Feb 16;25(4):530-5. doi: 10.1016/j.cub.2014.11.068.

O que mais podemos dizer sobre TDAH?

o-que-mais-podemos-dizer-sobre-tdahFazem parte dos assuntos mais discutidos pela sociedade contemporânea a hiperatividade, a impulsividade e o déficit de atenção. Estas são as manifestações mais comumente encontradas num quadro clínico chamado Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Se procurarmos ler sobre o assunto na mídia, na internet e nas publicações especializadas de medicina, psicologia ou pedagogia, ficará claro que estamos diante de uma enorme controvérsia.

Já pudemos acompanhar durante um bom tempo a divulgação de um texto em que o “descobridor” do TDAH dizia que tinha inventado este transtorno. Também podemos ler em muitos sites e blogs a opinião de profissionais da educação questionando os critérios de diagnóstico empregados, justificando que números próximos a 20% são inaceitáveis e que muitas destas crianças que apresentam os sintomas característicos do TDAH na verdade precisariam ser estimuladas para desenvolver a capacidade de prestar atenção e “parar quieto” para aprender.

De outro lado, alguns educadores que enfrentam sérias dificuldades com crianças em sala de aula confirmam que estes casos devem estar associados a um distúrbio neurológico, pois não sabem o que fazer em sala de aula para conter a agitação e falta de foco destas crianças. Acreditam que falhas no aprendizado precisam ser evitadas de algum modo.

A classe médica parece estar convencida de que de 4 a 7% das crianças em idade escolar apresentam o quadro clínico de TDAH e podem se beneficiar da terapia medicamentosa e comportamental.

O que podemos dizer sobre este assunto para ajudar pais e professores a lidar com suas dúvidas e desconfianças? Será que há algo que se possa fazer para ajudar estas crianças, suas famílias e as escolas?

Uma importante reflexão que podemos fazer é pensar no que pode estar provocando tanta controvérsia? Será que a classe médica está defendendo os interesses da indústria farmacêutica como muitos dizem? Ou será que alguns professores negam a existência do transtorno por simples desconhecimento de causa?

O fato é que os sintomas ocorrem mesmo. E que há uma boa quantidade de crianças que se comportam em ambientes sociais e na escola de forma bastante irrequieta e desatenta. Muitas crianças apresentam dificuldades na aprendizagem, aparentemente relacionadas à incapacidade de manter-se focada num mesmo assunto por mais tempo.

Nos casos em que a hiperatividade não é tão marcante quanto a desatenção, esta incapacidade de prestar atenção e regular seus impulsos pode mesmo passar desapercebida até o início da adolescência, fase em que as exigências escolares crescem muito e novos casos podem saltar aos olhos de pais e professores.

Nestes casos é muito importante consultar um médico. Mas dê preferência a especialistas e não se acanhe em pedir a opinião de diferentes profissionais. Se for solicitada uma avaliação neuropsicológica, melhor ainda. Aproveite para conversar com a profissional que vai aplicar os testes para que você se sinta suficientemente esclarecido.

Se no fim deste processo você receber um diagnóstico positivo e tiver que decidir sobre o uso da medicação, peça esclarecimentos ao profissional sobre os efeitos colaterais que você deve observar.

O metilfenidato (a ritalina) é o remédio para o cérebro mais usado após o diagnóstico de TDAH. Em geral, as crianças respondem muito bem à medicação, pois estimula circuitos dentro do cérebro da criança que são responsáveis por aumentar o foco e diminuir a agitação motora. Mas podem aparecer efeitos colaterais, como falta de apetite e um cansaço extremo ao final do dia.

Agora se você tiver dúvidas sobre o diagnóstico ou sobre o uso da medicação não tome decisões precipitadas. Procure motivar o foco e o controle comportamental com outras estratégias.

Há diferentes formas para desenvolver a atenção sustentada em crianças desde a primeira infância. Na atual sociedade, onde todos nós estamos com dificuldade de foco devido à imensa quantidade de estímulos, fazer exercícios para o cérebro, para desenvolver a atenção, pode ser muito positivo para todos.

Os exercícios para o cérebro devem ser apresentados com dificuldade crescente para que o indivíduo vá percebendo que está lentamente melhorando. Há diferentes estratégias de ginástica cerebral que podem ser implementadas. Muitas vezes a melhora nos resultados obtidos pode ser pequena, mas a criança vai perceber que se estiver mais atenta e focada pode atingir objetivos que antes pareciam impossíveis, como uma estrelinha na lição de casa ou um elogio da professora.

Estes resultados servem de recompensa para estimular novas vitórias. Lentamente, o sistema atencional da criança vai sendo estimulado e desenvolvido e isso pode ser o suficiente para permitir que o rendimento escolar e a vida social se desenvolvam dentro do esperado.

Evite rótulos para quem tem TDAH.

O mais importante é evitar a estigmatização da pessoa. Evite falar para ela que ela “não presta pra nada” ou “tem problema na cabeça”. Evite os comentários entre os colegas de classe e os outros pais. Isto pode significar que mesmo que houvesse uma saída não-medicamentosa, ela estaria mais distante agora.

As funções cerebrais necessárias para que um indivíduo desenvolva capacidades importantes para estabilizar o comportamento podem e devem ser estimuladas desde muito cedo.

Então, para concluir, gostaria de sugerir que desde os primeiros anos de vida, sejam introduzidos momentos cotidianos para averiguar como está o desenvolvimento das crianças. Experimente contar uma história com personagens bem marcantes, com as quais a criança se identifique. Aos poucos, ela vai aprendendo que esperar pelo final pode ser muito recompensador.

 

Dra. Carla Tieppo, Especial para a Semana Mundial do Cérebro SUPERA