Estamos vivendo sob alto nível de estresse – mudanças econômicas, tensões familiares, overdose de tecnologia, demandas de trabalho, enfim, tudo gerando uma preocupação incessante.
Embora algumas pessoas já tenham aprendido a simplesmente lidar com isso, se não controlarmos a intensidade do estresse ele pode impactar nossa habilidade de pensar com clareza e tomar boas decisões, no curto prazo, e até mesmo prejudicar nosso cérebro no longo prazo.
Estudos recentes mostraram que estresse crônico pode levar à depressão e, inclusive, aumentar o risco de declínio cognitivo, trazendo sintomas de Alzheimer.
Por que? Sob estresse, o sistema límbico do cérebro – responsável pelas emoções, memória e aprendizagem – dispara um alarme que ativa a resposta de luta ou fuga, aumentando a produção de adrenalina e cortisol. Estas duas substâncias trabalham juntas para acelerar o ritmo cardíaco, o metabolismo e controlar a pressão arterial, melhorar a atenção, o sistema imunológico, a resposta anti-inflamatória e a resistência à dor – tudo o que você precisa quando sua vida está em jogo… tudo o que você precisa para ter qualidade de vida.
Então, sob estresse constante, o corpo não consegue reagir bem, manifestando doenças como diabetes e pressão alta. Estes eventos bloqueiam a formação de novas conexões neuronais no hipocampo, a parte do cérebro responsável por decodificar novas memórias. Quando novas conexões são bloqueadas, o hipocampo pode realmente diminuir de tamanho, o que dificulta a memória.
Muito estresse pode nos deixar “esquecidos, desmotivados e mentalmente exaustos. Então, aqui vão algumas dicas para você limitar efetivamente o nível de estresse e aumentar sua resiliência emocional, para que não apenas você tenha um melhor desempenho no dia a dia como também proteja seu cérebro dos efeitos nocivos do estresse.
1. Faça exercícios: Você pode até estar cansado desta recomendação, porém não é à toa que ela aparece em todo lugar. Isto é uma das coisas mais eficazes que você pode fazer para aliviar o estresse e ter qualidade de vida. Para ter sucesso, é importante conscientizar-se. Praticar atividade aeróbica regularmente promove boas noites de sono, reduz a depressão e aumenta a autoconfiança, através da produção de endorfinas, os hormônios do bem-estar. Estudos mostraram que o exercício ajuda a construir novos neurônios para neutralizar os efeitos do estresse. Uma pesquisa de 2012 descobriu que as pessoas que se exercitavam pouco apresentaram maior atrofia relacionada ao estresse do hipocampo (parte do cérebro que armazena as memórias) na comparação com aquelas que se exercitavam mais.
2. Relaxe: Parece muito fácil, não é? Mas relaxamento por meditação, tai chi, ioga, uma caminhada na praia e o que for preciso para aquietar a mente e fazer você se sentir mais calmo pode diminuir a pressão arterial, o ritmo da respiração, e a tensão muscular. Meditação é extremamente benéfico para a administração do estresse e para a construção da resiliência mental. O contato com a natureza também tem um efeito restaurador e melhora a função cognitiva. Então deixe um pouco a esteira de lado e vá para o parque do bairro.
3. Socialize-se: Quando o estresse toma conta, a primeira coisa que a gente pensa é em ficar em casa, e as relações pessoais ficam em último plano. Mas estudos científicos mostram que as relações pessoais, as interações sociais, são fundamentais para a saúde física e mental. Criar um ambiente saudável em casa, convidando amigos e familiares, ajuda a combater o estresse e a exercitar o cérebro.
4. Mantenha o controle: Estudos mostram uma relação direta entre o sentimento de capacidade e controle do estresse. Acreditar que você é capaz de controlar uma situação difícil te ajuda a reduzir o estresse crônico e te dá confiança para assumir o controle da saúde do seu cérebro. Alguns videogames e aplicativos baseados em variação do ritmo cardíaco podem ser bons para você aprimorar a capacidade de controlar seu nível de estresse.
5. Dar risadas: Nós sabemos por experiência própria que dar boas risadas faz-nos sentir muito melhor e isto é cada vez mais comprovado por estudos da ciência. O riso reduz o estresse, ajudando no controle dos níveis de adrenalina e cortisol. Divertir-se com amigos é um hábito que coloca em prática duas coisas que contribuem para a saúde do cérebro.
6. Pense positivo: Um estudo da Universidade de Harvard fez um grupo de alunos acreditar que o estresse que eles sentem antes de uma prova pode ajudá-los a ter um desempenho melhor. O outro grupo, que não foi induzido a pensar desta forma, teve notas melhores em testes posteriores. Conclusão: a simples forma de olhar para as coisas, fazer um balanço positivo da sua vida e aprender a viver com gratidão, melhora sua capacidade de gerir o estresse e aumentar a capacidade de resiliência do cérebro.
Este artigo foi extraído do site americano SharpBrains, e o que o SUPERA pode acrescentar a estas informações são os resultados de alívio do estresse observados nos alunos que exercitam o cérebro.
O método SUPERA, que é aplicado em mais de 100 escolas pelo Brasil, inclui o uso de jogos de tabuleiro, jogos online, apostilas com desafios para o cérebro, e dinâmicas de grupo que desenvolvem funções cognitivas e promovem interação social, relaxamento, autoconfiança e saúde mental.